terça-feira, 7 de outubro de 2008

presenças

é esquisito como algumas pessoas quando morrem se tornam tão presentes nas nossas vidas. o meu padrinho morreu em fevereiro. durante alguns meses pensava nele todos os dias. às vezes, várias vezes por dia. assim como se fosse uma espécie de preocupação constante. aquele pensamento que fica preso a uma pessoa quando sabemos que algo com ela não está bem. fazemos a nossa vida e volta e meia pensamento vai lá parar.
depois passei a pensar menos frequentemente. penso a propósito de situações. e às vezes do nada. mas não é todos os dias. mas ainda assim parece que mesmo não estando a pensar, às vezes dou por mim a sentir esta presença constante. não tem nada a ver como sentir-me acompanhada. como não aceito a morte dele, será muito difícil sentir conforto na forma da sua presença actual. é uma presença constante que às vezes é boa, mas muitas vezes é dolorosa...a tal inquietação. algo fora do sítio.
gostava que isto fosse ao sítio.

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