sexta-feira, 25 de março de 2011

Jasmim

conheci o cheiro do jasmim, a sério,em Cordoba. excelente forma de começar esta relação...




nota: primeiro eu pensei "Não vejo melhor maneira de começar esta relação" e depois transformei. cada vez os extremos me atraem menos...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Só me apetece dizer palavrões...

Hoje só me apetece dizer palavrões. Ou melhor, sobretudo desde ontem... mas já desde há muitos dias. E até sei quantos... desde 2006 com grande ênfase. Lembro-me precisamente do dia em que me apercebi deste sentimento.

Trago o coração apertado e a cabeça a fumegar de desencanto.

O País vai bantendo no fundo e eu debato-me bem fundo sobre a falta de responsabilidade, coragem, a falta de honestidade, de sentido cívico, a falta de vontade de fazer bem, para bem ser... a falta de tanta coisa, grande e pequena, complexa e simples. E o excesso, o excesso de conforto, o excesso de salve-se quem puder, e de sempre que necessário enganar o próximo para meu benefício... como se nós não fossemos também o próximo de alguém... como se o próximo não fosse também uma parte do NÓS.

Cuspir na sopa que comemos. Burros. Cuspir em grande. Criminosos. Cuspir e rir para o lado. Canalhas.

E não falo do Sócrates. Do Pedrinho e dos outros todos. E não falo dessa coisa a que chamam classe política. Falo de nós enquanto povo.

Não sabemos que somos capazes. E também não queremos saber. E por isso somos uns cobardes gabarolas. Uns porreirinhos de meia-leca que não merecemos a terra vibrante que pisamos, o mar fértil que nos inunda, e o sol ameno que nos beija.

Só me apetece dizer palavrões.
Somos "muito"* MERDAS. Tenho dito.

nota*: a primeira versão era Somos "uns" MERDAS. mas pronto, reflecti e aligeirei...

domingo, 20 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Há dias assim...


perfeit'mente!

sábado, 12 de março de 2011

"não posso, não há dinheiro"


nunca como agora, pelo menos no "meu tempo", se ouviu tantas vezes, "não há dinheiro". "não dá". "não posso". "é a crise". "não pode ser, não pode ser...".

as pessoas assumem-no. sem vergonha. não dá, não dá... e nem parece mal. é a crise, toca a todos.

pensando bem, até parece que parece bem. entre os coitadinhos de nós e os poupadinhos de nós, não gastar parece que está na moda! e parece que está bem...

sábado, 5 de março de 2011

sem título

quinta-feira, 3 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011

andei nisto até 2010

muitas vezes na definição que somos fiquei confusa sobre o meu ser combativo, determinado, o que lhe queiram chamar. por um lado, não sou combativa. há coisas que descarto facilmente. coisas pelas quais acho que não vale a pena lutar... nem sei. pensei muitas vezes sobre isso. porque por outro, há coisas que sei que vou conseguir. não sei se luto por elas, desalmadamente, acho que não. mas enquanto não as "tenho conseguidas" não descanso.

a confusão vem daí. não luto por elas, mas não descanso enquanto não as alcanço.

o Rui diz-me muitas vezes que tenho vontades-fixas. que já sabe que se meti na cabeça, mais tarde ou mais cedo... mas na verdade, determinada? combativa? lutadora? na verdade, não são atributos meus, assim de caras. daí a confusão.

andei assim nisto, até 2010. sem saber como me definir neste ponto.

até que um daqueles textinhos de horóscopo, trouxe luz à minha adjectivação. foi um alívio, a sério. agora não consigo encontrar, mas dizia qualquer coisa muito bem dita, como este, que re-encontrei hoje e me trouxe vontade de escrever aqui, assim...

"No mundo que combato morro
no mundo por que luto nasço"

Mia Couto

é isso mesmo, não sou combativa.

(Mia Couto, conta-me muito mais que isto. aliás, só a primeira frase dava um post... um livro, mas seguindo, fica para outro dia)

mas luto com querer do que conquisto, não porque quero, mas porque assim faz muito sentido. não luto por aí fora. vou conquistando e então muita coisa pode mudar a cada passo... sem sequer ter que justificar. é assim mesmo. como assim?

"O caminho faz-se caminhando"
António Machado

eu, numa mola


eu, numa mola. ou melhor em duas.

abri um saco de miolo de nozes. usei algumas no almoço. quis fechar o saco. uso molas. umas mais bonitinhas que as da roupa para ficar um bocadinho mais bonitinho. mas nos tempos que correm, se forem das da roupa, também pode ser.

tirei uma mola da gaveta (que tem tudo... aquela gaveta que há na cozinha...). a mola "partiu-se" na minha mão assim que lhe peguei. pus de lado.

aqui é que começa o "eu" a sério: pus de lado. quando alguma coisa se estraga ou se desvia do processo que estou empenhadamente a desenvolver, não lhe dou muita atenção, ponho de lado. (depois logo arranjo, ou deito fora ou assim... e deve ser assim que acumulo coisas, assuntos e que belisco pessoas com indiferença).

siga. abri a gaveta e tirei outra. peguei-lhe. "partiu-se". também. ora aqui começa outra parte de mim: outra? espera lá, deixa lá ver. uma mola parte-se, ok. duas, já é... brincar comigo e fazer-me perder tempo, "nada funciona nesta casa?" (quando estou irritada), um sinal do mundo (quando estou sintonizada além), tem graça (quando estou sintonizada aqui). de qualquer dos modos. paro. nas duas opções finais, não hesito em olhar BEM, MUITO BEM para as molas, a ver o que se passa. às vezes até me sento. na primeira, tem dias... é uma questão de me sintonizar entretanto, aqui ou além.

sento-me. pego na segunda mola partida. arranjo a mola, que afinal não estava partida, só desencaixada. se estivesse partida e não conseguisse arranjar, deixava para o Rui, ou deitava fora (se suspeitasse que ele a iria por de lado).

arranjo a segunda mola. e arranjo a primeira mola. tudo muda.

tudo muda. afinal o saco ficou fechado. afinal não ficou nenhuma mola na bancada (de lado). e afinal tenho paciência, dedicação e sapiência para arranjar molas. afinal as molas são arranjáveis. e gostam de se desarranjar aos pares, se uma só não for suficiente.

o almoço, estava bom!

é isto!


eu não gosto de usar guarda-chuva. e quase não uso, só mesmo em... quando não é possível não usar mesmo.

mas gosto da peça em si.

e gosto muito desta fotografia.

é isto!