terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

chegas sem aviso

Preâmbulo
chegas sem aviso. numa frase. num caminho. numa expressão. dentro ou fora da cabeça. chegas sem aviso.

no início há aquele aperto muita grande, muita grande. sem tamanho. um aperto que é tão apertado que espreme tudo e não cabe cá dentro. um aperto que dói. tem semanas que é diário. outras é dia-sim-dia-não. varia. depois esse aperto passa. fica assim uma coisa indefinida. não se sabe bem. a dor não passa.

o aperto passa e a dor passa de aflita a real. é mais duro.

é assim que estamos. finalmente entro na fase do real. não que me alivie. finalmente, porque nisto das dores, quando se anda para outra parece que se caminha para algum lado. mesmo que doa até mais. e mesmo que o caminho não pareça levar onde se gostaria.

Post
tenho esta foto há anos. estava eu de volta dos meus alicates e continhas. precisei do x-ato. usei. pousei o x-ato. não o fechei logo. precisei dele outra vez. usei. usei assim de esguelha, sem cuidado. e logo me lembrei do teu cuidado. "atenção blá-blá... essas coisas podem ser perigosas, ahn?!"

é assim.
chegas sem aviso...






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