quinta-feira, 24 de março de 2011

Só me apetece dizer palavrões...

Hoje só me apetece dizer palavrões. Ou melhor, sobretudo desde ontem... mas já desde há muitos dias. E até sei quantos... desde 2006 com grande ênfase. Lembro-me precisamente do dia em que me apercebi deste sentimento.

Trago o coração apertado e a cabeça a fumegar de desencanto.

O País vai bantendo no fundo e eu debato-me bem fundo sobre a falta de responsabilidade, coragem, a falta de honestidade, de sentido cívico, a falta de vontade de fazer bem, para bem ser... a falta de tanta coisa, grande e pequena, complexa e simples. E o excesso, o excesso de conforto, o excesso de salve-se quem puder, e de sempre que necessário enganar o próximo para meu benefício... como se nós não fossemos também o próximo de alguém... como se o próximo não fosse também uma parte do NÓS.

Cuspir na sopa que comemos. Burros. Cuspir em grande. Criminosos. Cuspir e rir para o lado. Canalhas.

E não falo do Sócrates. Do Pedrinho e dos outros todos. E não falo dessa coisa a que chamam classe política. Falo de nós enquanto povo.

Não sabemos que somos capazes. E também não queremos saber. E por isso somos uns cobardes gabarolas. Uns porreirinhos de meia-leca que não merecemos a terra vibrante que pisamos, o mar fértil que nos inunda, e o sol ameno que nos beija.

Só me apetece dizer palavrões.
Somos "muito"* MERDAS. Tenho dito.

nota*: a primeira versão era Somos "uns" MERDAS. mas pronto, reflecti e aligeirei...

1 comentário:

Joana Melo da Silva disse...

Ainda vamos a tempo de tomar as rédeas da situação!

Inquietos que estamos, urge passar a mensagem porque para os politicos eleitos e subsidiados por todos nós, tem sido um passeio na avenida e isso tem que acabar! É mais ou menos como o tempo das vacas gordas, também já foi...